Redação
Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), diz ter recebido relatos de que a delegada Iane Cardoso, responsável pelas investigações do assassinato de um apoiador de Lula, fez postagens contra o partido em uma rede social.
O crime ocorreu na madrugada de domingo (10) em Foz do Iguaçu (PR). O tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, foi baleado durante sua festa de aniversário onde comemorava 50 anos. Os disparos foram feitos policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Gleisi Hoffmann, a delegada responsável pelo caso, postou, em 2016, que “petista quando não está mentindo está roubando ou cuspindo”.
“Não me defino como petista, nem como bolsonarista. Trato o presente caso como sempre tratei todas as investigações que presidi durante toda a minha carreira: com responsabilidade, honestidade, parcimônia e visando sempre aplicação da lei, em busca da justiça”, afirmou a delegada Ione Cardoso em uma entrevista.
Caso
A festa de aniversário comemorava os 50 anos de Marcelo Arruda e tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu.
O boletim de ocorrência informa que Guaranho chegou no local de carro e que no veículo estavam também uma mulher e um bebê. Segundo o documento, ele desceu do carro, armado, gritando: “Aqui é Bolsonaro!”. De acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem foi convidado.
O documento cita que o policial deixou o local após aparecer pela primeira vez, mas voltou cerca de vinte minutos depois, sozinho e armado. Guaranho atirou duas vezes contra o guarda municipal, que revidou e baleou o policial penal.