O médico Giovanni Quintella Bezerra está sozinho em uma cela da galeria F da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Ele seguirá isolado e sem previsão de contato com os outros presos por medida de segurança.
A cela tem 36 metros quadrados — seis metros de largura por seis metros de profundidade. A cela foi projetada para mais de uma pessoa mas, por precaução, o anestesista ficará sozinho.
Giovanni tomou o café da manhã oferecido pela prisão, que inclui pão com manteiga e café com leite. Ele ocupa a mesma cela onde já ficou preso o ex-deputado federal Roberto Jefferson. A unidade é destinada, principalmente, aos detentos com ensino superior.
A chegada à unidade, após ter a prisão em flagrante convertida em preventiva, não foi tranquila. De acordo com a TV Globo, por volta das 21h15, quando chegou ao local, detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.
Além de ter sido filmado estuprando uma mulher na mesa de parto, ele é investigado por mais cinco possíveis atos como este cometidos nas unidades em que trabalhou, entre elas o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
Outros presos em Bangu
Bangu 8 já recebeu outros presos de casos conhecidos, como Jairinho, que aguarda julgamento pelo caso da morte do enteado, Henry Borel. Outro que também passou pelo local é o delegado Marcos Cipriano, preso na Operação Calígula, que mirou a exploração ilegal de jogos de azar pelo bicheiro Rogério de Andrade.
Os presos da operação Lava Jato também já estiveram na unidade. Um deles foi o ex-governador Sérgio Cabral, que cumpriu parte da pena na cadeia, antes de ser transferido para o Batalhão Especial Prisional da PM, em Niterói, em setembro do ano passado.
G1