Redação
A Polícia Civil continua investigando o caso do empresário Marcelo Barbosa, baleado durante uma ação policial em Arapiraca, e já detectou conflito de versões nos depoimentos de testemunhas e dos militares envolvidos na abordagem. Três delegados participam da comissão de apuração, sendo Sidney Tenório o líder.
O inquérito tem 30 dias para ser concluído, mas pode ser necessário um prazo maior. De acordo com Sidney, foram duas guarnições atuantes na ação, com oito policiais participantes, porém, somente um disparou. Ele afirmou também que espera que a vítima se recupere e possa dar seu depoimento.
“Algumas pessoas estavam em frente ao batalhão no momento da abordagem e presenciaram mais ou menos o que aconteceu. Estamos também em poder dos vídeos gravados por pessoas na hora da ocorrência. Duas pessoas da família foram ouvidas e também essas pessoas que deram uma versão que conflita com a versão dos policiais militares. Inclusive, o Instituto de Criminalística pediu um prazo maior ao Judiciário, de 20 dias”, disse Sidney à TV Pajuçara.
Marcelo, de 31 anos, levou um tiro de fuzil nas costas e está em estado grave desde então, pois perdeu um rim, baço e parte do intestino. Ontem (29), ele foi transferido para um hospital especializado de São Paulo, por meio de UTI aérea, bancada pela família na tentativa de salvar a vida do empresário.
Os militares afirmaram que a vítima não obedeceu a ordem de parada e portava um revólver de calibre 38, com numeração raspada e três munições, que está sob análise do Instituto de Criminalística. No entanto, a defesa questiona a versão, já que o empresário era conhecido por odiar qualquer tipo de armamento.