Redação*
Em uma operação, a Polícia Federal em Alagoas prendeu um indivíduo suspeito de produzir, vender e compartilhar vídeos e fotos contendo cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes em grupos de aplicativos de mensagens.
Tais grupos continham participantes residentes no Brasil e no exterior. Durante a operação, foi encontrado em poder do suspeito um smartphone contendo vários vídeos com imagens de abuso sexual de crianças, além de ofertas de vendas de pacotes desses vídeos.
O suspeito foi conduzido à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas, onde foi preso em flagrante pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90). Quando somadas, a pena total para esses crimes pode chegar a até 18 anos de prisão.
Ao todo, dez policiais federais participaram da deflagração da operação e foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. A PF em Alagoas dará continuidade às investigações com o objetivo de identificar crianças ou adolescentes vítimas de abuso sexual.
Investigação
A ação delituosa da pessoa presa pela Polícia Federal foi inicialmente identificada pela Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos da América (Homeland Security Investigations – HSI), que observou anúncios de vendas de pacotes de vídeos contendo pornografia infantil em redes sociais naquele país nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
Como parte de um contínuo entendimento de cooperação policial entre Brasil e EUA, essas informações foram compartilhadas pela representação da HSI junto à embaixada dos Estados Unidos em Brasília com a Coordenação de Combate ao Abuso Sexual Infantil da Polícia Federal (CCASI).
De posse das informações compartilhadas, a CCASI elaborou relatório o qual apontou que o suspeito estaria residindo no Estado de Alagoas e que também se utilizaria de outros perfis, em redes sociais, envolvidos com a troca de vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil.
Após a instauração de inquérito policial, a Polícia Federal em Alagoas representou à Justiça Federal pela expedição de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva do investigado, contando com parecer favorável do Ministério Público Federal.
*com Ascom PF