Redação
O senador Renan Calheiros (MDB) se reuniu com moradores e representantes das vítimas do desastre ambiental em Maceió no Caso Braskem. O parlamentar reforçou que é necessário, antes da empresa ser negociada, uma reparação justa aos moradores, comerciantes, prefeitura e governo estadual.
“Antes é preciso resolver, com a máxima urgência, o problema das dezenas de milhares de famílias que perderam suas residências e seus bens e não foram indenizadas adequadamente pela Braskem. Primeiro as vítimas”, disse.
“Vamos quantificar os danos e na sequencia conversar com o Ministério Público e tentar sugerir algum encaminhamento para barrar essa movimentação acionária”, resumiu Calheiros.
Os participantes mostraram a Renan dados e relatos da situação dramática vivida por quem morava e trabalhava nos seis bairros destruídos e no entorno. Além dos 15 mil imóveis derrubados que deixaram sem teto 60 mil pessoas, cerca de 6 mil pequenas empresas desapareceram, afetando 24 mil pessoas.
“O dano moral que as pessoas sofreram não foi reparado, nem de longe, pelos valores que a Braskem está pagando”, reclamam os moradores. Eles não aceitam que a Braskem classifique o afundamento dos bairros como “evento”, “incidente ou acidente geológico”. Para eles, foi um “crime doloso”, pois, segundo argumentam, a Braskem sabia dos riscos que a exploração do sal-gema causava em áreas urbanas densamente povoadas.
Renan garantiu que vai dedicar todo o esforço político possível para uma solução justa do problema. “É uma questão de defender o que é correto e reparar uma grande injustiça para milhares de famílias em Alagoas”, disse o senador.
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