Redação*
O uso do cigarro eletrônico ou vape tornou-se tendência entre a parcela mais nova da população e é sobre o aumento do uso que o Pneumologista do HGE, Luiz Cláudio Bastos, faz um alerta: Esses produtos se tornam preocupantes, pois com base em sua aparência, aromas e cores, e sob o enganoso argumento de que não causam danos à saúde, os fabricantes atraem jovens, potencialmente levando-os ao vício da nicotina e à fumaça tóxica.
O especialista afirmou que não se pode alegar que os cigarros eletrônicos sejam menos prejudiciais, uma alternativa para abandonar o cigarro tradicional, ou algo a ser usado apenas em ocasiões festivas. Eles também contêm nicotina e aditivos prejudiciais à saúde. Portanto, a melhor opção é excluir esses dispositivos de nossas vidas, assim como qualquer outra substância. A nicotina presente na fumaça dos cigarros eletrônicos pode afetar aqueles que compartilham o mesmo ambiente, como pais, mães, filhos e amigos, e em gestantes, a exposição passiva a essa fumaça pode resultar em malformações neurológicas no feto.
“E além da nicotina, o óleo usado no cigarro eletrônico possui diversas substâncias que podem causar danos nos pulmões, como o propilenoglicol, a glicerina vegetal, o dietilenoglicol, a acroleína, o benzeno, o diacetil, vários metais pesados, o acetaldeído e o formaldeído. Algumas delas, como o propilenoglicol, quando queimado, libera 10 vezes mais formaldeído que o cigarro convencional”, alertou Luiz Cláudio Bastos.
Venda proibida no Brasil
A venda, importação e promoção de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isto é, o país não concede autorização para a presença de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, independentemente de sua natureza e finalidade.
Carga de vaporizadores foi apreendida pela Receita Federal
Na última sexta-feira (27), a Receita Federal realizou a apreensão de 81 vaporizadores e 62 frascos de essência para cigarros eletrônicos em uma transportadora localizada na região elevada de Maceió. Em nota, a Receita divulgou o seguinte informe: “Importante ressaltar que a circulação e comércio de entorpecentes ilícitos pelo País são proibidos e constituem crime”.
/Assessoria