Redação*
A cratera aberta sob a lagoa Mundaú após o colapso da mina 18, em Maceió, comporta o mesmo volume de água de 11,4 piscinas olímpicas. As medidas da cavidade constam em um documento enviado pela Defesa Civil para a Braskem, empresa responsável pela mineração que causou o problema, e para o Ministério Público Federal (MPF) no dia 30 de dezembro de 2023.
O documento informa que a cratera tem 78 metros de comprimento, 46 metros de largura e 7 metros de profundidade. Contudo, uma segunda medição foi feita dias depois e chegou a uma profundidade maior, de 10 metros, como confirmou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre. Assim, o volume de água dentro da cratera é de 35.880 m³, bem maior que o volume médio de uma piscina olímpica, 3.125 m³.
A Defesa Civil alerta para a necessidade de monitoramento nas três minas ao redor da cratera, para avaliar o impacto sobre elas. Um equipamento operado por um caminhão deve trazer informações mais detalhadas sobre a movimentação. No caso de acesso bloqueado, um novo poço deve ser perfurado.
Outra medida adotada pela Defesa Civil foi a de reduzir para ATENÇÃO o nível operacional de ALERTA emitido no dia 29 de novembro, quando o risco de colapso ainda era alto.
Com isso, o órgão solicita que a Braskem retome as atividades de fechamento das minas e demolição dos imóveis desocupados no local.
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