Uma pesquisa recente do Datafolha revelou que 67% dos brasileiros enfrentam dificuldades para economizar. Hábitos ruins de consumo, falta de consciência financeira e ausência de planejamento contribuem para essa dificuldade. Nesse sentido, construir uma reserva financeira é um recurso essencial para momentos imprevistos da vida, como emergências médicas, reparos domésticos e gastos não planejados.
O diretor de Negócios da Cresol, Pablo Guancino, dá algumas dicas para ajudar a fazer o “pé de meia” e montar uma reserva financeira consistente.
- A primeira etapa é realizar um planejamento financeiro familiar. Esta ferramenta proporciona uma compreensão mais precisa dos ganhos e gastos da família, permitindo identificar o valor excedente ou deficitário ao final de cada mês. Com isso, é possível criar um plano para reduzir despesas, além de avaliar a necessidade de renda extra para atingir metas financeiras.
- Manter um controle financeiro é essencial para evitar gastos além da receita. Anotar todos os rendimentos, incluindo salário, renda extra e outros valores, bem como listar todas as despesas, é fundamental. Estabelecer o valor a ser poupado mensalmente e direcioná-lo para uma conta de investimento é crucial, garantindo que o dinheiro não seja facilmente acessível para despesas cotidianas ou não planejadas.
- Iniciar a poupança gradualmente é possível, mas a prioridade é destinar a primeira reserva para quitar dívidas pendentes. O acúmulo de juros em dívidas ativas pode prejudicar ainda mais a situação financeira.
- Eliminar despesas supérfluas é crucial para criar uma reserva. Ao estabelecer limites de gastos que se encaixam no orçamento, é possível manter alguns confortos sem comprometer a poupança. Além disso, revisar assinaturas e serviços não utilizados, como academias ou TV a cabo, contribui para uma economia significativa.
- Criar metas é fundamental para orientar o caminho da reserva financeira. Isso proporciona direção e motivação para continuar poupando, mesmo em circunstâncias desfavoráveis. Ao estabelecer metas trimestrais, semestrais e anuais, torna-se mais fácil acompanhar os resultados e ajustar o planejamento conforme necessário.
- Por fim, utilizar a reserva financeira para despesas rotineiras, como contas de água e luz, compromete o propósito do planejamento. É essencial separar claramente os fundos destinados à reserva de emergência, por exemplo, e o dinheiro para as despesas regulares, mantendo a integridade da poupança.
“Manter o foco e a constância é primordial diante das demandas diárias. Estabelecer uma quantia viável para a reserva financeira, mesmo que seja modesta, é mais eficaz do que definir metas inatingíveis e proporciona segurança e tranquilidade. Manter o comprometimento com o plano é essencial para colher os benefícios no futuro”, completa o diretor.
/Assessoria