Redação
A Prefeitura de Tanque d’Arca, no agreste alagoano, está sendo acusada de cortar o benefício social mensal de R$ 200 de uma diarista como forma de retaliação após a vítima começar um trabalho numa residência onde vive uma pessoa da oposição à atual gestão.
A situação foi denunciada ao Ministério Público Estadual durante esta semana. A vítima, Rosalina Lima, é uma mãe solteira e que depende dos auxílios sociais e de serviços avulsos, como faxinas, para garantir o seu sustento e da família.
Há cerca de dois anos ela conseguiu se cadastrar no programa ‘Aluguel Social’, visando o custeio da sua moradia. No entanto, dois meses atrás, arranjou um trabalho de diarista na casa de Adriana Wanderley, que é pré-candidata no município e faz oposição ao atual prefeito Will Valença.
Com isso, Rosalina recebeu o aviso de que o aluguel social deixaria de ser repassado. Dessa forma, ela procurou a Secretaria de Assistência Social para entender o motivo, já que o benefício continua válido para outras diversas famílias carentes da cidade.
A secretária teria dito, então, que a prefeitura não tinha mais condições de fazer o pagamento e que, como Rosalina estava trabalhando, não haveria prejuízo com o cancelamento.
Indignada, a mãe rebateu a chefe da pasta perguntando se daria para sobreviver com R$ 200 por mês. Rosalina acredita que a real motivação é perseguição política, pois sua contratante faz oposição contra a gestão municipal.
Sem saída, o único recurso dela foi procurar o Ministério Público em Anadia para denunciar o absurdo. Ela disse apenas querer saber a razão do cancelamento, bem como solicitar a sua reinserção no cadastro do programa, que vem sendo fundamental para si e suas filhas.
*A reportagem da Folha busca contato com a Prefeitura de Tanque d’Arca e está aberta a declarações dos citados.