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Estudo da Ufal revela que Brasil perdeu 55% de áreas do Agreste para o Semiárido

20 de março de 2024
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Monitor de Secas no Brasil aponta agravamento da situação em Alagoas, ressalta AMA

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As terras subúmidas secas do Agreste brasileiro estão se tornando “sertão”. É o que mostra um estudo inédito publicado pelo professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Humberto Barbosa, fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis). A pesquisa mostra resultados que podem trazer uma reviravolta à formulação de políticas para a região e à própria metodologia para delimitação do Semiárido brasileiro.

O artigo publicado no tradicional periódico científico Journal of Arid Environments reclassifica o mapa das terras secas no Brasil, ou seja, o percentual de áreas consideradas subúmidas secas (agreste), semiáridas ou áridas.

De acordo com a pesquisa, uma área total de 725 mil km2 do Semiárido brasileiro passou da condição de subúmida seca/úmida para semiárido, entre os anos de 1990 a 2022. Isso significa que 55% da região se tornou semiárida e passou a enfrentar, em condições normais, estiagem com duração de cinco a seis meses.

Os resultados do estudo também mostram que uma área superior a 282 mil km² do Semiárido já se tornaram áridas. Isso corresponde a mais de 8% das terras da região, que já enfrentam naturalmente pelo menos dez meses de estiagem. “Por outro lado, o estudo ainda demonstrou que poucas áreas semiáridas estão se tornando subúmidas secas [agreste], abrangendo pouco mais de 125 mil km², ou cerca de 9% da região, com duração da estiagem de sete a oito meses”, completa o professor Humberto.

Para alcançar esses resultados, o pesquisador criou uma metodologia que integra variáveis climáticas, da superfície terrestre e da atmosfera, analisando uma robusta base de dados de satélites de mais de 30 anos. As análises foram delimitadas às fronteiras do atual Semiárido brasileiro, conforme definição feita em 2021 pelo Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Condel/Sudene).

Humberto explica os avanços trazidos pelo estudo, em termos de metodologias científicas para entender as secas e a desertificação no Semiárido brasileiro. Ele mostra quais são os três principais pontos da pesquisa e suas implicações para o atual contexto de aumento dos eventos climáticos extremos.

Secas-relâmpago aumentam áreas áridas

Uma categoria especial de seca tem se tornado mais comum, à medida em que o Planeta fica cada vez mais aquecido: as secas-relâmpago (do inglês flash drought). São secas de curta duração e forte intensidade, combinadas com altas temperaturas, que costumam ocorrer durante o verão. Esses eventos climáticos extremos costumam durar apenas algumas semanas ou até um mês.

Segundo Humberto, pesquisadores de diferentes países têm se debruçado para entender esse novo tipo de evento climático extremo, mas ainda não havia um estudo específico sobre suas características na América Latina. No estudo do Laboratório Lapis-Ufal, foram analisadas, pela primeira vez, as características dessa categoria especial de seca no Semiárido brasileiro e verificou-se que essas secas curtas costumam durar em torno de um mês na região.

“O estudo analisou como as secas repentinas impactaram na biomassa e na umidade do solo, no período de fevereiro a março, no período de 2004 a 2022. Essas microssecas têm predominado em relação a outros tipos de seca – como a seca meteorológica, agrícola e hidrológica. Estão relacionadas com o atual estágio da mudança climática, que agrava os eventos climáticos extremos. O efeito combinado da redução na cobertura vegetal e do aumento das temperaturas, durante as secas, têm aumentado ainda mais a degradação e a condição de aridez na região”, ressalta Humberto, e completa: “Municípios do agreste estão se tornando semiáridos, um sinal climático agravado pelas secas-relâmpago na região”.

Nova metodologia para classificar a aridez climática no Brasil

O professor da Ufal explica que um indicador amplamente utilizado para classificar a aridez é a razão simples entre a precipitação anual e a evapotranspiração anual de referência. Mas o grande problema é que esse indicador não representa o tipo e a intensidade da aridez em cada município. “Considerar dados médios não é adequado para fazer a classificação climática da região, pois não leva em conta as particularidades e as situações extremas de aridez, como vários meses consecutivos de seca”, reforça Barbosa.

O estudo usou então o Índice Padronizado de Precipitação e Evapotranspiração (SPEI), que é o índice de seca mais atualizado e utilizado pela comunidade científica, que permite analisar essas duas variáveis, além da temperatura máxima, para caracterizar a aridez climática de determinada região. A pesquisa, portanto, não se baseia na média dos dados, mas em quantos meses de seca ocorreram em 12 meses. Com isso, caracterizou-se o índice de aridez usando o SPEI, em uma série de dados de 30 anos, representando a aridez climática do Semiárido brasileiro.

“A nova metodologia adotada na pesquisa do Laboratório Lapis, ancorada em uma robusta base de dados de satélite e de observação, oferece alternativa mais abrangente para caracterizar o índice de aridez do Semiárido brasileiro”, enfatiza.

Degradação das terras expandiu áreas áridas no Semiárido

A pesquisa do Laboratório Lapis identificou que, nos últimos 30 anos, mais de 8% das áreas semiáridas se tornaram áridas no Nordeste brasileiro. Mas aqui há uma diferença importante observada: “Diferentemente das áreas de agreste [subúmidas secas] que se tornaram semiáridas tendo como principal causa o sinal climático do aumento das secas-relâmpagos, a expansão da aridez ocorreu mais por uma questão antrópica”.

É o caso de áreas do Matopiba, localizadas no sul da Bahia. Essas áreas se tornaram áridas em razão da intensidade da degradação das terras, que levaram à redução das chuvas. Com isso, houve uma mudança na classificação climática dessas áreas semiáridas que se transformaram em áreas áridas. Significa que “já não é apenas uma questão climática, relacionada às secas, mas predominantemente de degradação das terras, com influência direta na aridez climática”.

De acordo com Humberto Barbosa “o desenvolvimento do clima árido ocorre em diferentes áreas da região semiárida brasileira, particularmente na parte central da região, nordeste e sudoeste da região. Abrange áreas da Bahia, Pernambuco, Piauí e Paraíba. Isso confirma um aumento exponencial da seca extrema”.

Humberto explica ainda que as terras secas do Semiárido brasileiro foram reclassificadas no estudo considerando uma dinâmica muito mais complexa do que está acontecendo, em termos de degradação: “Também consideramos o aumento dos eventos climáticos extremos, como secas rápidas, em razão da mudança climática”.

Dessa forma, a nova metodologia apresentada na pesquisa faz uma nova classificação climática da região, considerando não só a média do balanço hídrico, mas a especificidade da gravidade da seca em cada município.

/Assessoria

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