Redação
A grande discussão da CPI da Braskem nesta terça-feira (23) foi em relação ao alto valor pago pela Prefeitura de Maceió na compra do Hospital do Coração, ao custo de R$ 266 milhões, fruto da indenização paga pela mineradora ao erário.
Para o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), nenhum hospital com cento e poucos leitos custa R$ 260 milhões, citando a construção do maior hospital do Norte na época em que era governador do Amazonas. O pensamento foi endossado por Otto Alencar (PSD), que foi governador na Bahia.
Do outro lado, o senador alagoano Rodrigo Cunha (Podemos), que é aliado do prefeito JHC (PL), saiu em defesa da gestão municipal. Ele disse que o hospital adquirido pela prefeitura está localizado em área próxima à afetada pelo rompimento da mina da Braskem.
Segundo Cunha, o empreendimento é reconhecido como “o melhor da cidade” e a compra foi feita pela gestão municipal devido a uma ineficiência do governo de Alagoas em oferecer atendimento em saúde.
“Saúde é competência do governo estadual, mas também foi a incompetência do governo estadual que levou o prefeito a tomar uma atitude. Não é justo as pessoas sofrerem para serem atendidas e a preocupação de um gestor não é deixar de fazer porque o outro não está fazendo”, disse.
“Mesmo não tendo responsabilidade direta, o faz, porque isso é cuidar das pessoas, cuidar de gente, cuidar de quem está sofrendo. O Hospital da Cidade é o melhor e tem o carimbo de ser municipal e estar em funcionamento”, completou Cunha.