O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, informou nesta quinta-feira (6), em coletiva de imprensa, que o governo vai realizar um novo leilão no dia 13 de junho para comprar mais 36 mil toneladas de arroz importado.
Essa quantidade corresponde aos lotes que não foram arrematados no leilão desta quinta. No total, o certame previa a compra de 300 mil toneladas do grão, das quais foram adquiridas 263,370 mil, cerca de 88%.
Além dessas 300 mil toneladas, a Conab está autorizada a comprar mais 700 mil toneladas, mas, segundo Pretto, não existe expectativa de novos leilões, por enquanto.
“Se não houver necessidade, nós não faremos mais compra, mas enquanto houver necessidade de baratear os preços para os consumidores, nós vamos realizar os leilões”, disse.
O leilão quase não aconteceu. Na quarta-feira (5) à noite, a Justiça Federal suspendeu o evento por meio de uma liminar, atendendo a um pedido do Partido Novo.
No entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso e conseguiu reverter a decisão. O leilão aconteceu às 9h da manhã, como estava programado. A medida tem sido criticada por associações de produtores rurais, que a consideram intervencionista e um desestímulo à produção nacional.
Durante a coletiva desta quinta, o presidente da Conab disse que o objetivo da compra de arroz é levar o alimento a um preço mais acessível ao consumidor brasileiro, após a alta de preços que ocorreu em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional.
Na prévia da inflação de maio, o preço do arroz ao consumidor acumula alta de 25% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Tivemos essa necessidade dessa modalidade da importação justamente para garantir que o trabalhador brasileiro possa ter acesso a um preço acessível nesse item, que é um dos principais alimentos que vai para a mesa do brasileiro junto com o feijão”, disse Pretto.
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