Redação
O professor Tiago Zurck, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), abriu um boletim de ocorrência após ter sido alvo de injúria e racismo por parte de alunos da área da saúde da instituição. O docente expôs o caso na noite dessa quarta-feira (26).
Segundo ele, que leciona no Centro de Educação (CEDU), alguns estudantes colocaram seu perfil, foto e currículo num grupo de WhatsApp. O motivo seria discordâncias em relação à greve da Ufal, a qual já se estende por 90 dias.
“Eu fico imaginando se esse vagabundo for exonerado algum dia. Vai virar mendigo porque não consegue fazer outra coisa”, diz um aluno, na mensagem. Outro postou: “Baita cara de vagabundo”.
Com isso, Tiago Zurck procurou a Polícia Federal para denunciar o crime. “Sofri muito com Lgbtfobia e racismo durante a vida. Essa práticas existentes em nossa sociedade marcam a nossa vida e o nosso “QUEM SOU”. De alguma forma vamos enfrentando essa realidade e lutando para lidar com ela”, postou.
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Vários membros e entidades da Ufal prestaram solidariedade ao professor, inclusive a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), que emitiu nota de repúdio às agressões e prometeu assessoria jurídica para acompanhar o caso.
“Para a Adufal, é inaceitável que atitudes preconceituosas, discriminatórias e que ferem os princípios fundamentais de respeito e igualdade sejam normalizadas. Racismo é crime imprescritível e inafiançável, com pena de até cinco anos de reclusão, e sua prática demonstra uma profunda ignorância e desrespeito aos valores humanos”, diz a entidade.