Artigo – Ednildo José da Silva
Após dois anos e seis meses, ultrapassada a etapa eleitoral, conselhos eleitos, presidente executiva indicada, muito de nós acreditávamos que iríamos viver um tempo de calmaria e prosperidade, com uma instituição forte que atendesse a todos que encontram no cooperativismo o modelo ideal para a concretização de seus sonhos e subsistência de suas famílias, nossa representação política institucional havia sido recomposta, contudo, nos enganamos.
Faltou aos diversos atores envolvidos aceitar o resultado eleitoral auditado e acompanhado pelo judiciário, estabelecendo um diálogo institucional, tendo como pressupostos, a integridade, o crescimento sustentável e a profissionalização dos negócios cooperativistas.
Faltou a pessoa que deveria nos representar, a compreensão das peculiaridades e complexidades do cooperativismo alagoano, o entendimento que mulheres e homens de bem aguardavam ansiosos pelo retorno das atividades da OCB AL e Sescoop AL, faltou compreender que o interesse coletivo deve prevalecer sobre o interesse pessoal, faltou espírito cooperativista.
As cooperativas do estado de Alagoas não precisam, nem merecem serem tuteladas, pois, ao fim e ao cabo, intervir na OCB AL e Sescoop AL também é intervir na autonomia das cooperativas alagoanas. Somos capazes de cuidar das nossas instituições, aperfeiçoá-las, seguindo em frente com transparência e acuidade.
Temos aqui cooperativas ávidas por gerar renda e qualidade de vida para seus associados, pessoas que acordam cedo, trabalham de sol a sol, e que, encontram em suas cooperativas guarida para acalentar seus sonhos de uma vida melhor.
O Conselho de Administração eleito democraticamente em 01 de março de 2024 tem em suas mãos os instrumentos necessários para tomar as decisões em favor do cooperativismo alagoano, ouvindo todos os atores envolvidos no processo, respeitando posições em contrário, mas com a firmeza que o momento requer.
Digo não a intervenção, digo não a tutela, pois nossa tolerância não deve, nem pode ser ilimitada, pois trará ao intolerante poderes que verdadeiramente ele não tem (Karl Popper).