Redação*
O Supremo Tribunal Federal (STF) vota, entre esta quinta e sexta-feiras, a proposta orçamentária da Corte para 2025. O valor sugerido pelo presidente, ministro Luís Roberto Barroso, é de R$ 953.887.705,00. O julgamento ocorre em plenário virtual.
A maior parte desse montante, R$ 894 milhões, diz respeito às despesas primárias, como gastos obrigatórios e discricionários. O restante se refere basicamente às contribuições previdenciárias pagas pela União.
No texto apresentado aos colegas, Barroso destaca os quatro grupos de despesas mais relevantes para o STF: pessoal, segurança institucional, tecnologia da informação e custos da TV e da Rádio Justiça.
O ministro destaca que, a partir de fevereiro do próximo ano, por força de duas leis aprovadas em 2023, haverá um reajuste de 5,36% nos salários da magistratura e de 6,13% na remuneração dos servidores.
No texto, Barroso diz que “não faz sentido” criticar o STF pela elevada despesa com pessoal. “Cabe ao Poder Judiciário julgar e isso se faz essencialmente com pessoas. Estranho seria se a despesa fosse maior em obras e equipamentos”, afirma ele.
Sobre os gastos com segurança, o presidente do STF reconhece um “severo impacto no orçamento”, mas diz que é inevitável, devido à crescente hostilidade ao tribunal. De R$ 40 milhões em 2020, serão cerca de R$ 60 milhões em 2025.
Já as despesas com tecnologia da informação englobam desenvolvimento de sistemas, aquisição de licenças e sistemas de segurança da informação, “dado o expressivo aumento dos ataques ou riscos de ataques cibernéticos”.
Barroso também destaca que os gastos exigidos pela TV e Rádio Justiça são um “ônus necessário” para o STF, mas pondera que tem buscado meios para custear o serviço sem que isso pese no orçamento da Corte.
/com CNN