Redação
Durante assembleia na realizada na noite desta quarta-feira (7), os funcionários dos Correios de Alagoas decidiram aderir à greve nacional do órgão, por tempo indeterminado. A adesão foi definida após a categoria não aceitar a proposta de reajuste salarial oferecida pela direção nacional.
A oferta inicial foi de 6,05% de aumento nos salários a partir de janeiro de 2025, além de um reajuste de 4,11% nos benefícios, válido a partir deste mês. No entanto, os trabalhadores julgaram a proposta como insuficiente e expressaram outras insatisfações, como a falta de respeito à data-base e o aumento do valor do plano de saúde, que resultou no cancelamento do serviço por muitos funcionários.
A expectativa em Alagoas é que não haja 100% de adesão. Mas em todos os setores haverão trabalhadores em greve. Os Correios informaram que as operações seguem normalmente em todo o país nesta quinta-feira (8), com agências abertas e todos os serviços disponíveis. A empresa adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências causadas pela greve.
Além da proposta de reajuste salarial, a empresa ofereceu um aumento de 20% para os empregados que atuam em funções “motorizadas”, como motociclistas e motoristas. Acrescentou também o pagamento de um vale-alimentação/refeição extra de R$ 50,93, nos meses de agosto a dezembro de 2024, para empregados com remuneração de até R$ 7,3 mil, além do tradicional “vale-peru” de R$ 1.120,47 a ser pago em dezembro de 2024.
Sobre o plano de saúde,o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes.
As negociações entre os Correios e os sindicatos continuam, com principal destaque para a anistia e a revisão de processos administrativos, atendimento psicossocial para vítimas de assédio, ampliação de licenças paternidade e adoção, aumento do tempo de amamentação para lactantes, incentivo à participação de mulheres na liderança da empresa, e suporte a empregadas vítimas de violência doméstica.