Após a derrota por 1 a 0 do Brasil para o Estados Unidos na final dos Jogos Olímpicos, a veterana Marta, em tom de despedida, disse que a medalha de prata – a sua terceira prata olímpica – foi um resgate do futebol feminino após série de resultados ruins. E que ela, com a aposentadoria iminente, espera dar a sua contribuição fora de campo.
“Essas meninas tem muito mais a oferecer. Não estarei com elas em campo. Mas estarei de outra forma. Acompanhando, dando meu suporte. Enfim, torcendo como fiz aqui quando suspensa. Que a gente comece a acreditar mais no futebol feminino”, disse, completando:
“Agora temos de dar continuidade a esse trabalho. A gente precisa destacar esse orgulho que a gente resgatou: das pessoas falarem do futebol feminino, acreditarem mais neste esporte, depois que, infelizmente, não deixamos boa impressão nas últimas competições”.
Marta e Arthur Jorge
Marta, que estava suspensa nas partidas contra França (quartas) e Espanha (semifinal) começou no banco diante das americanas, entrando pouco depois do gol das rivais, de Swanson aos 12 minutos. E fez bom jogo.
“Foi um processo de muita confiança. Se a gente não tivesse dado a devida confiança ao trabalho do professor Arthur não seria assim. Parecia que ele fazia as coisas meio fora do comum, mas você tem que ser diferente”.
“O treinador veio com essa mentalidade, Colocou o trabalho dele para a gente, com muita dedicação, e as meninas abraçaram isso. A gente não teve desconfiança, desde o primeiro jogo. Teve altos e baixos, mas não deixamos de acreditar que era possível jogar uma final, novamente entrar para a história”.
/Agências