Dezenas de cooperativas em Alagoas se posicionaram de forma conjunta, através de um manifesto, após fatos “estranhos” acontecerem no judiciário e com a intervenção da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) junto à unidade local.
Confira a nota na íntegra:
Intervenção é um ato antidemocrático
A intervenção que hoje acontece no Sistema OCB/AL é desrespeitosa para com o cooperativismo alagoano e brasileiro. A Organização vivenciou mais de dois anos de intensas disputas judiciais para que a eleição da entidade ocorresse de forma transparente e legítima.
No dia 1° de março do corrente ano, a eleição para eleger os conselheiros de Administração, Ética e Fiscal da OCB foi efetivada com todos os atos administrativos e eleitorais respeitados.
Após o êxito de uma das chapas em disputa, no final do mês de julho a OCB Nacional se habilitou no processo que tramita na 13ª Vara Cível da Capital, onde o objeto central era eleição, para intervir na instituição com plenos poderes para gerir a OCB Alagoas.
A 13ª Vara, num passado recente, contou com um magistrado que foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e posteriormente foi aposentado compulsoriamente. Essa mesma 13ª Vara avalizou a intervenção nacional no Sistema OCB Alagoas sem qualquer justificativa plausível.
O cooperativismo alagoano sofre devido a guerra unilateral imposta por pessoas que utilizam esse modelo empresarial como trampolim político para beneficiar familiares e asseclas. O único interesse dessa gente é o ‘poder’ que a instituição pode trazer.
A instituição, atualmente, é gerida em desconformidade com seu estatuto por interventores que são incapazes tecnicamente e que não tem nada para contribuir com o cooperativismo.
Pessoas essas que tiveram a insensibilidade e desrespeito ao demitir funcionários que durante mais de uma e duas décadas prestaram um serviço de excelência e relevância junto ao cooperativismo de Alagoas.
A intervenção mostra sua face cruel, desumana, desqualificada e ilegal, pois sem qualquer justificativa essas pessoas foram desligadas de suas funções. Em breve, a Justiça do Trabalho será provocada para que a normalidade seja restabelecida.
Vale lembrar que vultuosos vencimentos são pagos para tais interventores, com o dinheiro em caixa da Organização, numa clara sangria financeira, enquanto isso, as capacitações, programas de aprendizagem e o fomento do setor, de um modo geral, seguem esquecidos.
As cooperativas sérias deste Estado esperam que o Poder Judiciário reveja com celeridade uma imposição que fere preceitos legais, éticos e morais.
A OCB de Alagoas das cooperativas e dos cooperados continuam FORTES E UNIDAS!