Redação
A Unimed Maceió encaminhou uma petição em que solicita a intervenção do Ministério Público Estadual (MPE) para evitar o fim do contrato que tem com o Hospital Memorial Arthur Ramos, cuja disputa está na Justiça e se arrasta desde o começo de agosto.
A Unimed, em documento endereçado ao procurador-geral Lean Araújo, afirma a ilegalidade da rescisão contratual e que a situação é grave, pois até 178 mil beneficiários podem ser prejudicados. Por isso, pede que o órgão ministerial atue em defesa da coletividade.
“É evidente que vida e saúde são bens de primeira grandeza a despertar o interesse público e social desse ilustre Ministério Público Estadual. Além disso, os direitos e interesses dos beneficiários dos planos Unimed, dada as circunstâncias do caso concreto, são considerados coletivos ou individuais homogêneos, a merecer a fiscalização do Órgão Ministerial”, diz a operadora.
A Rede D’Or, dona do Arthur Ramos, externou, no início de agosto, que vai romper a parceria com o plano Unimed em razão da inadimplência recorrente. A operadora de saúde, porém, negou o calote e disse que paga tudo em dia, como vem fazendo nos 40 anos de vínculo.
Ao ser notificada do descredenciamento, a Unimed recorreu, então, ao Poder Judiciário e conseguiu uma liminar para manter ativos os procedimentos feitos por seus clientes no Arthur Ramos. O prazo, porém, vai até o dia 7 de setembro. Depois, não se sabe como ficará a situação.
“O eventual descredenciamento do Hospital em tela, na atual conjuntura da rede hospitalar de Maceió, representará colapso do sistema de saúde suplementar, à medida que a Unimed Maceió detém cerca de 50% do mercado local, impactando, portanto, diretamente na vida de 178 mil pessoas, tendo em vista que ficarão sem a devida assistência hospitalar, caso não haja a suspensão imediata do descredenciamento”, consta no texto.