Romison Florentino
Todo o país está em contagem regressiva para decidir os próximos gestores municipais, e nos 102 municípios alagoanos não é diferente. Neste domingo (6), mais de 2,4 milhões de alagoanos e alagoanas sairão de suas casas para votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Falando do número exato de eleitores no estado, houve um aumento de 5,4% em relação ao ano de 2022. Isso quer dizer que, na prática, Alagoas possui cerca de 2.442.894 eleitores aptos a votar, segundo dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL).
Assim como no cenário nacional, o eleitorado feminino também é maioria em Alagoas, totalizando 53%, cerca de 1.296.439. O recorte masculino representa 1.146.455 eleitores, sendo 47% do número total.
A maioria das pessoas que podem votar nestas eleições municipais tem entre 45 e 59 anos (586.457 eleitores). As pessoas idosas representam o segundo recorte populacional com mais indivíduos aptos a votar, com 188.230 eleitores.
51.715 jovens alagoanos vão às ruas votar pela primeira vez, representando 2,12% da população do estado. O TSE aponta ainda que o número de pessoas com algum tipo de deficiência em todo o estado de Alagoas, representa um total de 19.124 do eleitorado.
BAIXO GRAU DE INSTRUÇÃO
Os dados do TSE revelam que a maioria dos eleitores no estado, totalizando 615.592 pessoas (25,2%), possui o ensino fundamental incompleto. Entre aqueles que cursaram o ensino médio, 19,92% não conseguiram concluí-lo.
Já 19,08% dos eleitores, ou 486.608 pessoas, possuem o ensino médio completo, enquanto 466.100 eleitores (19,08%) não concluíram essa etapa educacional.
As pessoas que possuem nível superior incompleto, totalizam 98.411 (4.03%) e apenas 4,5% possuem ensino fundamental completo (109.867). Entretanto, o que chama atenção nos dados divulgados é que apenas 145.120 do eleitorado tem ensino superior completo, cerca de 5.94%.
Alagoas ainda registra uma das piores taxas de alfabetização entre todos os estados da federação. O Instituto Brasileito de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o estado possui mais de 426 mil pessoas não-alfabetizadas.
Os dados do Tribunal Superior Eleitoral chamam atenção ao evidenciar que a população analfabeta representa 9,88% do eleitorado, número esse que representa mais de 279 mil pessoas.
O detalhamento desse recorte populacional, em específico, ainda ressalta que 241.327 apenas lê e escreve, deixando explícito o problema educacional que ainda assola o estado.
DOIS EXTREMOS
A maior zona eleitoral de Alagoas fica por conta da capital, Maceió, com 632.812 eleitores. Já o município de Pindoba, localizado entre a Zona da Mata e o Agreste alagoano possui o menor número de eleitores registrados, com apenas 2.989.
Além de Pindoba, Mar Vermelho (3.643), Feliz Deserto (4.136), Jundiá (4.943) e Palestina (5.118) formam as cinco menores zonas eleitorais do estado.
Em contrapartida, junto com Maceió, o município de Arapiraca (155.982), Rio Largo (67.172) Palmeira dos Índios (54.858) e União dos Palmares (48.920) permanecem como as regiões com maior número de eleitores.
AVANÇO
Em 2018, após longos anos de lutas sociais, o TSE permitiu que pessoas travestis e transexuais pudessem incluir no título de eleitor o nome social pelo qual são reconhecidas. Essa medida permite que elas utilizem o nome socialmente escolhido, o que faz com que o acesso à democracia esteja presente em todas as camadas da sociedade.
Apesar da relevância dessa mudança, para as eleições municipais deste ano, o número de pessoas que solicitaram a inclusão do nome social para o pleito em Alagoas ainda é baixo. Apenas 529 eleitores trans e travestis fizeram essa solicitação, o que destaca a necessidade de maior conscientização e acesso à informação sobre esse direito.
Vale ressaltar que o segundo turno das eleições deste ano pode ocorrer no dia 27 de outubro (em cidades com mais de 200 mil eleitores), em mais de 5,5 mil municípios do país. Não elegem novos representantes neste ano o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha, pois não são considerados municípios.