Redação
O imbróglio contratual entre a Rede Globo e a TV Gazeta já se estende por 2025. Na última semana, o desembargador Orlando Rocha Filho, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), decidiu rejeitar o recurso da emissora carioca e manteve, assim, a renovação compulsória entre as partes.
Desde 2023, quando vem tentando se desvincular da emissora de Fernando Collor, a Globo acumula derrotas no Judiciário de Alagoas e essa é mais uma delas. Pela decisão judicial, fica em vigor cinco anos de contrato pela afiliação.
A esperança da Globo em se livrar da TV Gazeta está agora em duas frentes: recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta violação de normas constitucionais, e um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ), baseado em supostas infrações a leis federais.
Caso não consiga reverter, terá que aguardar mais quatro anos de contrato até finalmente romper a parceria. A TV Asa Branca, sediada em Caruaru e que é afiliada da Globo no Agreste de Pernambuco, está em espera para substituir a Gazeta e assumir a operação em Alagoas.
Dependente da verba da Globo, a Organização Arnon de Mello (OAM) está em recuperação judicial e alega que se perder o contrato com a maior emissora do país, vai entrar em falência, haverá em demissão de 209 pessoas e não terá como pagar os débitos que acumula.
Com isso, a Justiça deu causa ao pedido da Gazeta. Já a Globo justifica que houve o término do contrato anterior e não é obrigada a renovar a parceria. Para o fim da aliança de décadas, foi citada a condenação de Collor no STF por corrupção, em esquema envolvendo seu grupo midiático.
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