Redação
A família de Tatiane Souza da Silva Oliveira, de 28 anos, denuncia suposta negligência médica que teria resultado na morte da jovem, três dias após ela dar à luz ao seu terceiro filho, no Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), em Delmiro Gouveia, entre a sexta-feira (17) e o sábado (18).
Com 39 semanas de gravidez, a mulher teria buscado atendimento desde o dia 8 de janeiro para que fosse realizada sua cesárea. No entanto, a equipe médica teria forçado a realização de parto induzido. Em mensagens à família, Tatiane descreveu o sofrimento:
“Eu pedi até para Deus me levar, pedi ao técnico para tirar ela de mim, que eu não aguentava mais. Fiquei roxa, meus órgãos pareciam que iam explodir de uma vez. Ela nem encaixada estava, e os técnicos disseram que o colo do útero estava alto”, escreveu.
A filha dela nasceu na quarta-feira, dia 15, e está bem, mas Tatiane continuou a apresentar febre alta e dores intensas, com o quadro piorando a cada hora, resultando na morte da jovem nos dias seguintes.
O corpo dela foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) em Maceió, a fim de se obter a causa do falecimento. Indignada e enlutada, a família pede apuração célere e rigorosa do caso. O hospital disse que aguarda os laudos para se pronunciar e tomar as medidas cabíveis.
Leia o depoimento de uma tia de Tatiane: “É com muita tristeza e indignação que compartilho o luto pela perda de minha sobrinha, que faleceu devido a negligência médica no HRAS. Essa tragédia abalou nossa família de forma irreparável”, afirma.
“Faço este comentário para pedir que as autoridades responsáveis investiguem a fundo o ocorrido e tomem as medidas necessárias para que nenhuma outra família precise passar por tamanha dor. Todos merecemos atendimento digno e seguro. Minha sobrinha tinha uma vida inteira pela frente, e lutar por justiça é o mínimo que podemos fazer em sua memória”, completa.