Vinícius Calheiros*
O Centro de Liderança Pública divulgou o Ranking de Competitividade dos Municípios, que avalia a educação, o acesso e a qualidade do ensino.
Entre as 26 capitais brasileiras, Maceió apresenta o pior desempenho na pesquisa e ocupa a última posição. Para alcançar uma boa colocação, o município precisaria oferecer serviços de qualidade e uma oferta adequada de educação à população.
O resultado negativo não é uma surpresa para os educadores alagoanos. Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL) denunciou ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) as dificuldades enfrentadas no setor educacional em Maceió.
O presidente do SINTEAL, Izael Ribeiro, em reunião com o MPAL, apresentou um dossiê detalhando a real situação da educação no Estado, com ênfase na capital alagoana. O documento incluía dados do Conselho Municipal de Educação (Comed).
Entre os pontos abordados, destacam-se o sucateamento das unidades de educação infantil “Gigantinhos” e a superlotação, além da precariedade da infraestrutura das escolas.
“A partir de agora, vamos unir forças com órgãos de controle social, como o Comed e o Ministério Público Estadual, para, juntos, buscarmos respostas e soluções para esses e outros problemas, especialmente na educação infantil”, afirmou Izael Ribeiro.
No final do ano passado, o deputado federal e ex-secretário de Educação de Alagoas, Rafael Brito, já havia alertado sobre as condições das unidades e se solidarizou com a crise de meningite que afetou uma das escolas no bairro Chã da Jaqueira.
A gestão de JHC, no campo da educação, segue na contramão dos investimentos em marketing e eventos culturais com recursos públicos, ao mesmo tempo em que negligencia os recursos que poderiam ser usados para melhorar a educação pública na capital.
A reportagem da Folha de Alagoas entrou em contato com a Prefeitura de Maceió, mas ainda não obteve resposta.
/Estágiário sob surpervisão