Ronaldo Fenômeno desistiu de se candidatar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A informação foi apurada pela imprensa nesta quarta-feira (12) e confirmada pelo astro após um pronunciamento nas redes sociais.
O empresário esbarrou na cláusula de barreira, que exige que um candidato tenha o apoio de ao menos quatro federações estaduais, além de outros quatro clubes, para conseguir registrar sua candidatura.
A imprensa apurou que Ronaldo entrou em contato por mensagem com representantes de federação convocando um encontro. Em seguida, o craque telefonou para algumas lideranças, além de se reunir pessoalmente com figuras políticas da CBF.
Ronaldo enviou um e-mail entitulado “Solicitação de audiência – Alinhamento de Projetos para o Futebol Brasileiro”, listando as mudanças que achava necessárias para um futebol brasileiro “mal gerido, com falta de transparência e uma gestão centralizada”, dizendo estar com agenda aberta para encontrar pessoalmente cada um dos 27 dirigentes.
No entanto, nenhuma parte achou uma boa ideia “ir para a guerra” pública contra Ednaldo Rodrigues, atual presidente. Com a desistência de Ronaldo, o atual presidente tem caminho livre para uma reeleição.
Em mensagens redigidas com a mesma estrutura e até mesmo alinhadas com o comando atual da CBF, os presidentes de federações respondiam a Ronaldo que estavam comprometidos “com a continuidade da atual gestão da CBF”.
“Sua administração, de uma forma ampla e democrática, tem realizado importantes investimentos em diversas categorias do futebol brasileiro, desde as categorias de base até os campeonatos nacionais, com especial olhar e atenção a Série D, ao futebol feminino e a projetos sociais e estruturais, que visam o fortalecimento do nosso esporte”.
Os cartolas estaduais ainda valorizavam Ednaldo e sua “experiência e conhecimento das nuances e peculiaridades do universo das federações, clubes, ligas e campeonatos locais e nacionais”.
Apesar da manifestação em conjunto, muitos representantes entendem que a entidade precisa de mudanças, mas reforçam que teriam de se organizar como oposição e, em caso de derrota, suportar o peso de um segundo mandato de Ednaldo não seria tarefa simples.
O presidente atual tem uma janela de um ano para marcar a eleição – do final desse mês até o final do mandato, em 22 de março de 2026. A expectativa é que, diante do cenário que lhe é absolutamente favorável, Ednaldo resolva logo sua reeleição.
/Agências