Redação
Na véspera do início do júri popular, Mônica Reis, mãe da jovem Roberta Dias, assassinada no ano de 2012, mas cuja ossada somente foi encontrada em 2021, clama que seja feita justiça em nome de sua filha e de seu neto, já que Roberta estava gestante e esse foi o motivo do crime bárbaro.
“Eu espero que vocês, jurados, façam justiça pelo crime de Roberta, que não teve chance de se defender. Nem o filho dela teve a oportunidade de vir ao mundo. Eu e toda sociedade penedense e de Alagoas queremos justiça”, afirmou Mônica.
O júri popular de Karlo Bruno Pereira Tavares, conhecido como “Bruninho”, e Mary Jane Araújo Santos, acontece no Fórum de Penedo, de 23 a 25 de abril. Ela era sogra de Roberta Dias e defendia o aborto do feto. Com a negativa, contratou Bruninho para ceifar a vida da nora.
O namorado de Roberta e filho de Mary Jane se chama Saullo, mas era menor de idade na época do crime, com 17 anos. O Ministério Público Estadual vai defender a tese de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e aborto provocado por terceiro.
“Os autos mostram que a Roberta foi atraída por Saullo, namorado dele à época, ao local do seu desaparecimento, nas proximidades do posto de saúde onde a vítima tinha ido para consulta de pré-natal, uma vez que estava no 3º mês de gestação”, argumenta o Ministério Público.
“Ele estava em um veículo Gol, de cor preta, que escondia no porta-malas o outro criminoso, o Karlo, responsável por enforcar a Roberta com um fio. O assassinato foi premeditado e contou com a participação tanto de Mary Jane Araújo Santos, mãe de Saullo, quanto do próprio adolescente infrator, filho dela. Eles não aceitavam a gravidez e, diante da negativa da vítima em fazer um aborto, resolveram assassinar mãe e o feto”, completa.
