Por Redação
Nesta terça-feira (16), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, afirmou em uma entrevista que está contente com o andamento das obras do Renasce Salgadinho, um projeto da Prefeitura de Maceió que segue com atraso na entrega. A fala ocorreu durante a corrida “100% Você”, organizada pelo cantor Bell Marques.
Ao ser questionado sobre os espaços públicos da cidade, JHC cita reformas na orla da praia da Avenida e os serviços no Renasce Salgadinho, que desde 2021 vem gerando polêmica devido ao aumento significativo de custos e constantes mudanças no cronograma. Durante a entrevista, o prefeito diz estar ”feliz demais em ver as obras”.
Obras do riacho salgadinho em atraso
Em 2024, o prefeito de Maceió assinou o quarto Termo de Aditivo do contrato, resultando em um aumento de 139% no custo da obra inicial, que saltou de R$ 76 milhões para R$ 182,5 milhões. Este reajuste de R$ 59,3 milhões foi destinado ao Consórcio DCH (DP Barros, Cohidro e Hidrotécnica), responsável pela construção.
A Ordem de Serviço foi assinada em julho de 2021, que prometia ser a maior obra hídrica de Maceió, pois oferecia a despoluição do Riacho Salgadinho, mudou de escopo e de data de entrega, que tinha a previsão inicial de conclusão para janeiro do ano passado. No entanto, o prazo foi prorrogado para setembro de 2024, coincidindo com o período da campanha eleitoral, o que levanta questionamentos sobre o timing das mudanças.
Além disso, o projeto não deixa claro sobre o retorno da balneabilidade no leito do riacho Salgadinho, e segue apontando apenas para que o esgoto seja enviado ao emissário submarino, oferecendo uma possível diminuição no fluxo de dejetos desaguando no mar todos os dias. Quanto a este assunto não existe consenso entre o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e BRK sobre como isso seria feito sem aumento de custos e prejuízos ambientais.
Desde o lançamento, o contrato foi aditivado quatro vezes, aumentando o valor da obra e o prazo de entrega. O mais recente Termo de Aditivo, publicado em 29 de julho deste ano, adicionou R$ 59 milhões ao valor original. Esse incremento ocorre após três aditivos anteriores de R$ 15 milhões cada, entre julho de 2022 e 2023. O aumento total no custo da obra em menos de dois anos chamou atenção dos técnicos do setor da construção civil.
Em fevereiro de 2025, as obras foram paralisadas, por recomendação do Ministério Público Estadual (MPAL), durante audiência que teve como foco discutir o andamento de medidas para manejo de fauna na região que está passando por intervenções. Após o ocorrido, houve a promessa do projeto ser entregue no ano de 2026.
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