Membros do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Rio Largo, região metropolitana de Maceió, denunciam que falta comida nas unidades de ensino da cidade. Carnes, feijão, arroz e outros itens não estão armazenados nas dispensas das instituições, o que deveria acontecer. A informação chegou à entidade após reclamações de mães e pais de estudantes. O prato do dia se repete há várias semanas: soja.
A gestão de Gilberto Gonçalves é marcada por várias polêmicas e/ou denúncias, inclusive de improbidade. Ao ser afastado, voltou ao cargo pouco tempo depois após decisão judicial.
O Ministério Público Estadual (MPE) já está ciente do caso da falta de comida. Toda a problemática foi encaminhada, por meio de um ofício, ao promotor de Justiça do município, Cláudio Luiz Galvão Malta. O vice-presidente do CAE, Adriano Cardoso da Silva, quer uma resposta para o mais rápido possível para o caos, uma vez que afeta diretamente no aprendizado do aluno em sala de aula.
“Verifiquei “in loco” as denúncias que foram feitas por ligações telefônicas. Há escolas que o prato do dia, todos os dias, é “soja”. Ficou evidente que a situação é recorrente em outras escolas. A diretora de uma das unidades me relatou toda a situação que está passando. Está faltando também frutas, ovos e outros alimentos básicos. O problema não pode continuar. Os alunos estão sendo prejudicados diretamente, pois alimentação é parte do processo de aprendizagem”, disse o conselheiro, em entrevista ao Jornal Folha de Alagoas.
O conselheiro informou também que foi enviado um documento à Secretaria Municipal de Educação (Semed), onde o caso foi relatado. Adriano Cardoso da Silva aguarda um posicionamento o mais depressa, e que a situação seja resolvida. “Ficamos sabendo também que as empresas que fornecem os alimentos não estão abastecendo as unidades por falta de pagamento. A Semed precisa se posicionar sobre esse imbróglio”.
OUTRO LADO
Procurada pelo Jornal Folha de Alagoas, a Prefeitura de Rio Largo pediu para que a redação desse uma “olhada” no Instagram do Executivo Municipal. Na rede social, há um vídeo falando sobre a alimentação de qualidade em todas as refeições do dia, inclusive na Escola de Ensino Integral Evandra Carneiro. “É Rio Largo crescendo, resgatando escolas e investindo no desenvolvimento de nossos alunos”, reforça a publicação.
Nos comentários, internautas rebatem o que foi postado. “A secretária de educação deveria observar a situação precária da Escola Evandro Carneiro, que hoje não tem condições nenhuma de funcionar normal, imagina em tempo integral. A situação de precaridade não é só lá, mas em outras escolas do município”, postou o usuário @higor_vieira. Outra internauta, @kikaliira, comentou: “Eu acho até graça”.
A reportagem do Folha de Alagoas tentou contato com o promotor Cláudio Luiz Galvão Malta, mas o telefone estava desligado, segundo informou a Assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual