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Clubes e cidades cortam apoio ao esporte olímpico e demitem durante a pandemia

6 de maio de 2020
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A pandemia do novo coronavírus tem afetado todos os setores da sociedade, mas um dos maiores atingidos nestes tempos é o esporte olímpico. No Brasil, em meio ao adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021, o cancelamento de eventos aliado à recessão econômica tem causado demissões, cortes de salário e reduções nos principais atores.

Nas últimas semanas, vários dos principais clubes nacionais anunciaram cortes: o Esporte Clube Pinheiros e o Minas Tênis Clube, tradicionalmente os maiores fornecedores de atletas para as delegações olímpicas e pan-americanas brasileiras, cortaram 25% dos vencimentos de seus funcionários, entre eles os competidores, apoiados em medida provisória editada pelo governo federal e que entrou em vigor no início do mês.

– A decisão não foi fácil. Mas ela partiu partiu do seguinte princípio: de que todos devem dar a sua contribuição ou pelo menos o seu sacrifício nesse momento de crise. Em geral, o impacto foi de 25% não sob o contrato como um todo, e sim sobre 25% daquilo que estava escrito ou regulamentado na carteira profissional dele. Então esse foi a solução que nós tivemos pra poder, em maio, tentar voltar, caso abra, a parte competitiva, a parte de treinamento com todo mundo trabalhando – afirmou Carlos Antônio Rocha Azevedo, o Rochinha, diretor-geral de esportes do Minas.

Devido às restrições e os decretos de isolamento, os clubes estão fechados desde meados de março e têm lidado com queda em suas receitas.

A central Carol Gattaz, capitã da equipe feminina de vôlei do Minas, atual campeã da Superliga, disse que o corte é significante para muitos, mas ressalvou que a redução pode evitar demissões em massa.

– Eu achei uma coisa muito prudente a ser feita. Eu acho que é momento de ajudar. Se não tivesse esse corte, teríamos demissões. Acho que o caso seria muito mais grave. Esse corte de 25% realmente é um corte significativo para muita gente, claro, mas acho que é melhor cortar 25% do que mandar gente embora, demitir funcionários. Então, é o certo a se fazer – comentou Carol, de inúmeras passagens pela seleção brasileira feminina.

O Pinheiros não evitou as demissões, embora tenha reduzido em 25% todos os salários de seus quadros. O time profissional masculino de basquete também foi desfeito. Os contratos dos jogadores, que disputam o NBB, já se encerrariam em maio, e o clube apenas antecipou a rescisão e pagou todo o devido. Mas os atletas só foram comunicados por carta.

– O que me chamou a atenção foi mais esse o modo, né? A gente pode falar que o clube está fazendo o correto, tudo dentro da lei e tudo o mais. Só que existem formas e formas de se fazer as coisas. A gente fica chateado porque, assim, a gente se dedica muito ao clube – afirmou Betinho, um dos jogadores de basquete dispensados pelo clube.

No sábado (25/4), o portal UOL revelou que Pinheiros demitiu o campeão olímpico Thiago Braz, do salto com vara – o GloboEsporte.com confirmou a afirmação. Em nota, o clube disse que “irá pagar a remuneração integral deste mês de abril para o atleta e também a multa pela rescisão do contrato que se encerraria em dezembro de 2020”.

O efeito dominó no esporte olímpico brasileiro não se limitou aos dois maiores clubes. Outras agremiações tradicionais também cortaram para evitar demissão. O Club Athletico Paulistano (SP), de muita tradição no basquete, cortou 25% dos salários de funcionários e atletas. A Sogipa (Sociedade de Ginástica de Porto Alegre, RS), polo do judô nacional, reduziu salários de todos.

– Nós fizemos um aditivo na convenção onde poderíamos dar férias coletivas e diminuir a jornada de trabalho e diminuição de salário em 25%. E também podendo dar as férias coletivas. Isso vale para todas as categorias. Nós temos algumas pessoas trabalhando na fiscalização e manutenção, então essas pessoas recebem o salário integral. Os demais funcionários estão em home-office e aguardando a abertura do clube. São coisas chatas, mas que devem ser feitas – afirmou Paulo Movizzo, que é presidente do Paulistano e do Sindiclube (sindicatos dos clubes de São Paulo).

A Sogipa tem em seus quadros, por exemplo, a duas vezes campeã mundial e duas vezes medalhista olímpica Mayra Aguiar, judoca mais vencedora da história da modalidade no país.

– Nós reduzimos o salário dos atletas e dos funcionários do clube. Foi uma medida desagradável, dura e até com alguma dose de constrangimento. Porém, absolutamente necessária considerando os prejuízos dessa inatividade forçada – disse o presidente da Sogipa, Carlos Roberto Wüppel.

A questão, porém, não envolve apenas clubes. A prefeitura de São Caetano, cidade da Grande SP que tem enorme tradição esportiva, definiu um teto salarial de R$ 5 mil para remuneração de atletas e técnicos durante a pandemia. Isso afetou cerca de 17 pessoas, entre elas o campeão olímpico Arthur Zanetti e seu treinador, Marcos Goto.

São Caetano tem em seu programa esportivo, que é feito em convênio com oito clubes da cidade, cerca de 600 contratados – 450 atletas e 150 técnicos e profissionais multidisciplinares.

– É uma ação dura, mas não vai faltar para ninguém. O acordo é redução, e não demissão. Então nenhum atleta vai ser mandado embora e isso é muito importante. É o principal. São Caetano não vai mandar nenhum dos 600 envolvidos embora – prometeu o vice-prefeito da cidade, Beto Vidoski, que foi secretário de esportes do município até recentemente.

Vidoski afirmou que, com as contenções feitas no esporte, cerca de R$ 300 mil mensais estão sendo remetidos para a pasta da Saúde, prioridade em tempos de combate ao novo coronavírus. Outros municípios também têm revisto o investimento no esporte olímpico neste momento.

Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil — Foto: João Neto/FotojumpRogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil — Foto: João Neto/Fotojump
Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil — Foto: João Neto/Fotojump

O próprio COB (Comitê Olímpico do Brasil) sente a crise. Sua principal receita vem das loterias e, com as casas de apostas fechadas, o recurso destinado via Lei Agnelo Piva caiu pela metade. Ato contínuo, a diretoria já aprovou um corte no orçamento na casa dos 40 milhões de reais. A preocupação recai na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho de 2021.

– Nós temos hoje um recurso de contingência que faz com que a gente consiga chegar aos Jogos Olímpicos do ano que vem com tranquilidade para fazer toda a preparação dos nossos atletas e também a nossa viagem com a mesma qualidade que faríamos esse ano – afirmou o diretor-geral da entidade, Rogério Sampaio.

GE

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