Redação
Com a questão da suspensão da vacinação em Maceió por falta da 2ª da Coronavac, o tema entrou em debate na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (22). Entre as declarações, alguns parlamentares pediram união e transparência entre estado e municípios, enquanto outros culparam as gestão do programa de imunização.
A deputada Jó Pereira (MDB) destacou a falta de transparência e de um diálogo produtivo entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió. “É necessária união de todos. Não é só em Maceió que a vacinação está parada, em Arapiraca e Rio Largo também existem relatos de pessoas que foram se vacinar e tiveram que voltar. Precisamos desmontar os palanques eleitorais”, disse.
Já o parlamentar Davi Maia (DEM) ressaltou que Maceió vem sendo penalizada por ser a capital do Brasil com mais eficiência em vacinação. “A Prefeitura de Maceió está cobrando da Secretaria estadual da Saúde transparência e planejamento para garantir a previsão da execução do Plano Municipal de Imunização”, afirmou.
Por sua vez, Ronaldo Medeiros (MDB) lembrou que a falta de vacinas se deve ao atraso nas remessas por parte do Governo Federal, que pediu para os Estados usarem o percentual de reserva para a segunda dose, porque depois mandaria o complemento, o que não aconteceu dentro do previsto. “Hoje pela manhã, o Estado já enviou para a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió 1.500 doses. A questão da falta de vacinas não é política, é técnica, já que o Governo Federal prometeu um quantitativo para este mês e não vai cumprir”, afirmou.
Outros posicionamentos
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Silvio Camelo (PV), alertou que não existem vacinas suficientes em todo o país e que, quando chegam as doses para o Estado, elas precisam ser divididas por dois, a fim de que se tenha estoque para as segundas doses. “Nunca faltou diálogo entre o Governo do Estado e as prefeituras alagoanas, nem com ninguém, tanto que o secretário Alexandre Ayres já esteve nesta Casa duas vezes esta semana. É bom lembrar que o governador tem responsabilidade com todos os municípios e a questão da vacina é nacional, já que o Governo Federal, lá atrás, optou por uma política errada e deixou de fazer os devidos investimentos na compra de vacinas”, relatou.
Também em aparte, o deputado Inácio Loiola (PDT) levantou uma questão sobre as vacinas. “Com este atraso no programa de vacinação, faz-se necessário que os governos esclareçam o que pode acontecer com as pessoas que tomaram a primeira dose e não irão tomar a segunda no prazo correto. Será que isso pode comprometer a eficácia da imunização?”, questionou.
O deputado Léo Loureiro (PP) alertou para a união de todos os entes federados no que ser refere a vacinação. “A vacinação no momento de pandemia devia ser tratada como se fosse cláusula pétrea. Quanto a sua falta é preciso que seja esclarecida, por parte dos governos, antes que se inflame alguma discussão”, destacou.
com ALE