Redação, com Agências
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), anunciou nesta sexta-feira, 6, que vai levar para votação no plenário a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso. O argumento do parlamentar alagoano é que os deputados possam “trabalhar em paz até janeiro de 2023”.
Na quinta-feira, a proposta foi rejeitada pela comissão especial por 23 votos a 11. Única participante da bancada alagoana, Tereza Nelma votou contra o texto.
“Infelizmente, assistimos nos últimos dias um tensionamento, quando a corda puxada com muita força leva os poderes para muito além de seus limites. A Câmara dos Deputados sempre se pauta pelo cumprimento do regimento e pela defesa da sua vontade, que é a expressão máxima da democracia”, disse Lira no salão da Câmara.
“Pela tranquilidade das próximas eleições e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar, sim, a questão do voto impresso para plenário, onde todos os parlamentares eleitos legitimamente pela urna eletrônica vão decidir. E eu friso: foram eleitos todos pela urna eletrônica”, afirmou o alagoano, que não concedeu coletiva à imprensa.
“Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo que deixar o plenário manifestar-se. Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema, porque o plenário é a nossa alçada máxima de decisão, a expressão da democracia, e vamos deixá-lo decidir”, seguiu.
Lira fez o pronunciamento e deixou o Salão Verde da Câmara sem responder a perguntas dos jornalistas. No texto, o presidente da Casa disse que não fará qualquer movimento para romper a independência entre os poderes, e que o “botão amarelo” continua apertado.
“Repito: não contem comigo com qualquer movimento que rompa ou macule a independência e a harmonia entre os poderes. Ainda mais, como chefe do poder que mais representa a vontade do povo brasileiro. Esse é meu papel, e não fugirei jamais desse compromisso histórico e eterno”, afirmou.