Da Redação
O empresário José Carlos Lyra vai para mais um quadriênio à frente da presidência da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). Ele foi reconduzido ao cargo no último dia 22 e, até o fim do mandato em 2026, acumulará 28 anos no poder. O mandatário concentra denúncias de corrupção, mas nada que ameace seu império entre os industriais.
Eleito pela primeira vez em 1998, Lyra obteve a recondução por unanimidade dos 19 sindicatos patronais. A votação, contudo, não surpreende, já que a perpetuação no poder é tradição na entidade. A partir de Napoleão Cavalcanti Lopes Barbosa, nos anos 50, tornou-se padrão mandatos consecutivos que ultrapassam décadas.
Com o apoio dos empresários e sem atrair tanta atenção dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e órgãos de fiscalização, Lyra segue sua trajetória absolutista na Federação ao lado do vice José da Silva Nogueira Filho. Em 2019, Lyra chegou a ser preso em operação da Polícia Federal, mas logo conseguiu a soltura.
A investigação da época apurou um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S, cujos dirigentes de diversos estados foram presos, incluindo o de Alagoas. A falcatrua nos contratos vem desde 2002 e os convênios tinham movimentado mais de R$ 400 milhões. Foram mais de 200 agentes federais chamados para cumprir as prisões. O processo continua tramitando no âmbito federal.
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