Leonardo Ferreira
O prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (MDB), confirmou que não tem mais ligação política com a deputada estadual Ângela Garrote (PP) e contou detalhes dos motivos que levaram ao rompimento da união entre dois dos nomes mais fortes na política do Agreste alagoano.
“Não temos relação política. Não apoio a deputada Ângela Garrote mais. Não fazemos mais parte do mesmo grupo político, somos oposição. Ela está em uma margem do rio, e eu estou na outra. Ela defende a política com os princípios dela, e eu defendo com os meus”, disse Júlio Cezar.
A declaração foi dada ao programa (a)ponte, exibido na Band Nordeste em parceria com a Folha de Alagoas. O prefeito disse que política é gratidão, mas Ângela nunca reconheceu a votação de 2018, em que ela se elegeu deputada conquistando cerca de 10 mil votos em Palmeira com apoio do grupo de Júlio Cezar.
“Não diria ingrata, mas ela não soube reconhecer a importância do nosso grupo, além também de durante quatro anos, o recurso que ela trouxe para Palmeira dos Índios foi de R$ 500 mil, que ela até perguntou onde eu coloquei. Esse recurso está depositado numa conta, eu vou guardá-lo para a gente investir na Saúde, mas como eu não precisei, está guardado lá. Eu acho que foi muito pouco, Palmeira precisa de mais”, argumentou o prefeito.
Ele ainda citou a preferência natural de Ângela por Estrela de Alagoas, onde ela foi prefeita. Na entrevista, Júlio Cezar também explicou a saída do PSB para se filiar ao MDB.
“A minha ida para o MDB foi motivada por uma série de investimentos que o Estado fez em Palmeira. O governador propôs colocar em Palmeira R$ 300 milhões e era a condição que ele queria para colocar esse investimento em rodovias, água, asfalto, pavimentação, saúde, colocou um hospital. Então, somava em apenas um ato do Estado, R$ 300 milhões. Foi colocado na mesa para a gente avaliar. Eu avaliei e vi que era uma proposta positiva e importante para aquele momento e fui ao MDB, virei, portanto, um emedebista de carteirinha”, comentou.