Da Redação
“Papagaio de pirata”. O termo é muito conhecido, principalmente no mundo político, e o ex-presidente da República e candidato à reeleição ao Senado, Fernando Collor de Mello vem tento essa postura, costumeira, quando está próximo de Jair Messias Bolsonaro – assim foi no último final de semana quando o presidente ratificou que irá tentar ser reeleito. Fragilizado politicamente e eleitoralmente, segundo as últimas pesquisas, o que resta ao senador alagoano é tentar colar sua imagem em Bolsonaro, que tem um eleitorado fiel, quase que fanático.
Collor em 2018 abandou o barco da disputa ao Governo de Alagoas e deixou o então senador Benedito de Lira sem o apoio necessário para tentar ser eleito novamente. O deputado federal, Arthur Lira (filho de Biu), não engoliu o “destrato unilateral” de Collor. Agora é a vez do ex-presidente tentar se agarrar em um palanque de governador. É questão de sobrevivência. A missão é difícil.
Ao longo do seu mandato, Collor foi acusado de corrupção, tem uma dividia milionária com os trabalhadores da Organização Arnon de Mello (que a Justiça faz vista grossa) e tem votado de forma sistemática em pautas contra a população.
Ao que parece o era Collor de Mello está chegando ao fim. Há um plano “B”, a decadência empresarial/política pode levar o senador a disputar uma vaga de deputado federal, recuar lhe garantiria um espaço em Brasília (seria mais viável eleitoralmente), assim como fez Aécio Neves, outro que naufragou junto com sua vaidade.
Ser a encarnação de Bolsonaro em Alagoas pode ser a melhor tática de quem está desesperado. Vale lembrar também, que Arthur Lira tenta viabilizar um candidato ao Governo e ao Senado com a identidade Bolsonarista. Quem se arrisca: Rui Palmeira, Rodrigo Cunha…Quem seguirá as regras de Arthur? Collor até desejaria (ser seu candidato ao Senado), mas 2018 jamais será esquecido pelos Lira.