Enquanto Simone Tebet (MDB-MS) tenta viabilizar-se junto ao PSDB e ao União Brasil como nome da terceira via, lideranças regionais do MDB, em estados onde a sigla compõe palanque ou fecha alianças com o PT, reclamam da falta de diálogo. “Há necessidade de um candidato falar para dentro do partido. Buscar aliados dentro do partido, porque se não tiver aliados do candidato vai ser aliado de outro”, disse Eunício Oliveira (MDB-CE).
O ex-senador tem sido, juntamente com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), uma das principais vozes de resistência ao lançamento de uma candidatura que figure, como eles definem, pouco competitiva diante de um cenário polarizado entre os nomes de Lula e Bolsonaro. “Marcar uma posição nacional como o [Henrique] Meirelles marcou é autofagia, é autodestruição em detrimento de uma bancada. Para ter um ex-candidato a presidente?”
Tebet rebate as críticas
Em 2018 o partido lançou o nome do ex-presidente do Banco Central ao Palácio do Planalto, mas a campanha não decolou e Meirelles terminou as eleições com 1,2% dos votos. Ficou atrás, por exemplo, do Cabo Daciolo (Patriota), que marcou 1,26%, e de João Amoêdo (Novo), que teve 2,5% dos votos. O MDB saiu para aquela eleição com 54 deputados federais e terminou com 34.
Eunício Oliveira rebateu críticas de deslealdade. “Eu nasci no MDB. Quem está neste partido não é partidário? Ninguém pode me cobrar por deslealdade. Ninguém pode cobrar não partidarismo. Eu não fiz compromisso porque não fui procurado para fazer esse compromisso. E muitos não foram procurados.”
Agências