Redação
Após sete meses da soltura e cinco meses que tiveram suas redes sociais devolvidas pela justiça alagoana, Allef Lino de Almeida e Adamy Lino de Almeida, os gêmeos da rifa, já estão promovendo sorteios na internet constantemente, entre iPhones e automóveis.
A diferença agora, segundo eles, é que tudo está 100% regulamentado conforme a legislação. O sorteio pago é através da Via Capitalização, cadastrada no governo federal. A modalidade usada é a filantrópica, ou seja, com a arrecadação ou parte dela destinada à entidade Fenapestalozzi.
Allef dos Gêmeos tem mais de 1,7 milhão de seguidores no Instagram; Adamy, 665 mil. Os sorteios deles antes e depois da investigação policial atraem muita gente, já que cada cota custa de R$ 0,10 a R$ 1,00. A última ganhadora exposta, por exemplo, conseguiu uma Strada 2018 por R$ 0,40.
Prisão
Os gêmeos da rifa foram presos em novembro de 2022 sob a acusação de lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e exploração de jogo de azar.
Diversos automóveis foram apreendidos e houve o bloqueio de R$ 65 milhões em contas físicas e jurídicas. À época, a Polícia Civil apontou que os envolvidos chegavam a lucrar R$ 1 milhão por semana com as rifas, pois cobravam barato pelo bilhete, mas vendiam tantas cotas que ultrapassavam de longe o valor do bem sorteado.
Eles conseguiram a soltura na audiência de custódia e, no mês de janeiro, obtiveram autorização para uso das redes sociais, mas proibidos de realizar sorteios, mesmo que gratuitos. Agora, estão na ativa de novo, mas, segundo eles, de forma regulamentada.