Leonardo Ferreira
Revoltados com tudo o que vem acontecendo no Caso Braskem, moradores dos bairros atingidos pelo afundamento do solo estão marcando uma série de atos públicos para demonstrarem indignação e cobrarem solução.
Além dos protestos que já estão ocorrendo em diversos pontos desde a notícia do possível colapso da mina 18, a primeira manifestação organizada será na quarta-feira (6), a partir das 6h da manhã, com concentração no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), na Avenida Fernandes Lima.
“Todos nós que fomos expulsos, as 60 mil pessoas do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e de parte do Farol, e todos que estão na borda do mapa, desde o Bom Parto aos Flexais, nós vamos fazer um grande protesto”, diz Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió.
As vítimas e solidários devem passar pelo Ministério Público Estadual, Palácio do Governo do Estado e Assembleia Legislativa, à procura de apoio e novas medidas. “Vamos mobilizar, porque não é possível que uma cidade inteira esteja sendo tomada de assalto por uma mineradora criminosa”, acrescenta ele.
O segundo grande ato público está planejado para a outra quarta (13), no Jaraguá, com foco em buscar diálogo na Câmara de Vereadores e na Prefeitura. “Todos os bairros afetados pela mineradora irão participar, mas será um ato aberto para todos”, afirma o professor José Balbino, que morava no Bebedouro.