Redação
O prefeito de Tanque D’arca, Will Valença (MDB), utilizou as redes sociais para alegar que a entidade AME “não é usada para defender as mulheres, mas para fazer política”. A acusação foi feita na última terça-feira (2) através do Instagram pessoal de Will.
Em resposta, a advogada Júlia Nunes, que também é presidente da associação, afirmou que seu trabalho é pautado na verdade e que, tanto ela quanto a instituição, buscarão medidas legais cabíveis contra o gestor. Além disso, destacou que a Ordem dos Advogados de Alagoas (OAB/AL) já foi acionada e está ciente dos fatos.
“Ainda bem que me desbloqueou! Coisa feia!!!!! Se retrate vc e ela pq se não, vou denunciar!!!! A gente se encontra na delegacia! Tá pensando que internet é terra sem lei?! Eu era boa quando só servia ao Sr?! Me respeite! Respeita minha instituição!!!”, comentou Júlia na publicação.
Após esse episódio, o prefeito de Tanque D’arca voltou à rede social para criticar a reação da advogada, classificando-a como arrogante e prepotente, além de ironizar sua postura, sugerindo que ela não precisa se “estressar” ou “ficar brava”.
HISTÓRICO
Em 2020, Will Valença foi processado por Andréia Feitosa, também advogada, acusado de proferir ofensas, chamando-a de “lacraia”, “derrotada”, “Dra. Qualquer coisa”, além de nomeá-la como “galinha” se referindo ao “poleiro” que reside.
Segundo a queixa-crime, Will “exerce a função de prefeito no município de Tanque D’Arca, devendo como representante resguardar suas atitudes baseadas no justo, ético e legal, pois ocupa um cargo que se compromete com a boa-fé, lealdade e ética proba no serviço público. Outrossim, a atitude de ferir a honra objetiva e subjetiva da notificante virtualmente denota indignidade e falta de decoro, potencializada pela influência que o executivo municipal tem sobre os demais cidadãos que conhecem a todos nessa cidade”.
Ao que parece, o prefeito do município do agreste alagoano tem como prática ofender, através das redes sociais, mulheres no exercício de sua profissão.
PERSEGUIÇÃO
Além dessas ocorrências, a Prefeitura de Tanque d’Arca foi acusada de cortar o benefício social mensal de R$ 200 da diarista Rosalina Lima como forma de retaliação após a vítima realizar um trabalho na residência de um dos seus opositores. A vítima é mãe solteira e depende dos auxílios sociais e de serviços avulsos, como faxinas, para garantir o seu sustento e da família. A situação foi denunciada ao Ministério Público Estadual.