Redação
O policial militar aposentado Gedival Souza Silva, que está sendo julgado nesta sexta-feira (3) por ter assassinado o motorista Jhonata da Silva durante uma briga de trânsito no Centro de Maceió, disse que não tinha a intenção de matar e o objetivo era atirar nas pernas da vítima.
“Ele [Jhonata] voltou ligeiro (para o carro após a discussão). Quando vi ele voltar pro carro, também corri para o meu. Eu vi ele agachado no carro. A posição dele era como se tivesse pegando algo com a mão direita. Eu pensei que ele ia pegar alguma arma, alguma coisa”, afirmou.
“Como qualquer militar, mesmo ele preparado, a pessoa vendo que outra pessoa vai pegar alguma coisa, você tem que se preparar primeiro. Eu nervoso e ele também por conta das discussões, eu não sabia o que ele ia pegar. Por isso aconteceu. No momento de desespero, eu atirei para pegar na parte das pernas para ver se ele parava”, continuou.
“Como estava agachado, não pegou na parte das pernas. No momento, estava juntando pessoas, como ali é no centro da cidade. Imediatamente, com medo de represália, peguei o carro e saí. Eu acredito que corria risco de vida”, finalizou o militar.
Jhonata chegou consciente ao hospital e pedia ajuda para não morrer, segundo depoimentos de testemunhas. No entanto, a vítima, apesar de passar por cirurgia, não resistiu e faleceu dias depois.