Leonardo Ferreira
Os partidos, por meio do fundo eleitoral, estão colocando, na soma, mais de R$ 15 milhões nas principais candidaturas a prefeito das duas maiores cidades de Alagoas: Maceió e Arapiraca, utilizando praticamente todo o limite de gasto estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em Maceió, onde o teto do primeiro turno é de R$ 6.665.038,12, o PL, do prefeito JHC, alocou R$ 6,2 milhões visando à reeleição, enquanto Rafael Brito, do MDB, terá à disposição R$ 5 milhões. Em contraste, Lobão, do Solidariedade, recebeu R$ 28.918,50 da direção nacional da sigla até o momento.
Já em Arapiraca, cujo limite fica em R$ 2.905.624,35, a candidatura do atual prefeito Luciano Barbosa, do MDB, tem uma curiosidade, ao receber mais dinheiro do partido da vice, Rute Nezinho, PP, do que da sua própria legenda. O Partido Progressistas doou R$ 2 milhões, enquanto o MDB, apenas R$ 150 mil.
Apesar de aparecer bem atrás de Barbosa nas pesquisas, a campanha de Fabiana Pessoa, do PL, recebeu quase o limite de verbas, já ultrapassando a marca de R$ 2,6 milhões, o que demonstra a intenção do Partido Liberal de expandir horizontes para além de Maceió, mesmo sem êxito neste pleito.
No município de Rio Largo, Carlos Gonçalves tem à disposição R$ 483.368,25 do PP para conseguir suceder o atual gestor Gilberto Gonçalves. Em Marechal, por sua vez, o MDB aloca também R$ 150 mil para André Bocão, enquanto o Republicanos, R$ 220 mil para Júnior Dâmaso.
Em Palmeira dos Índios, a candidata da situação, Tia Júlia, do MDB, tem R$ 200 mil do fundo eleitoral liberado, enquanto a de oposição, Mosabelle Ribeiro, do Republicanos, fica com R$ 300 mil do seu partido e mais R$ 392.006,67 do PP, que indicou a sua vice.
A diferença entre MDB e PP, inclusive, chama a atenção em outros locais. Em Penedo, o emedebista Ronaldo Lopes busca a reeleição e recebeu a liberação também de R$ 150 mil, ao passo que Marcius Beltrão, do PDT, já consta com R$ 599.563,14, fruto do PP, responsável pela indicação do vice.
Os valores em Alagoas, apesar de consideráveis, estão bem distantes do que se apresenta na maior cidade do país: São Paulo, onde a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), recebeu R$ 14 milhões do seu partido, mais R$ 30 milhões do PT. O limite de gastos, vale citar, é definido pelo tamanho populacional.