Redação
No relatório que embasou a prisão do delegado Daniel Mayer, a Polícia Federal destacou que a autoridade policial trocava mensagens com o policial civil que é suspeito de participar do assassinato de Kleber Malaquias. O delegado é amigo do agente policial e informou a ele sobre depoimentos no caso.
Isto é, Daniel Mayer, ao invés de comunicar os depoimentos aos outros órgãos de Justiça, repassou as informações para Eudson Matos, também preso pela PF no início de setembro. Para a PF, era impossível que o delegado não soubesse que tal policial era investigado, já que ele participava dos trabalhos.
No relatório da PF, constam diversas mensagens trocadas entre Mayer e Matos, que se encontravam, almoçavam juntos e trocavam presentes, como cortes de carne. Em uma sequência de mensagens, o delegado envia fotos com um depoimento ligado ao caso para o policial que é investigado no inquérito.
Esses depoimentos, inclusive, teriam sido colhidos sem conhecimento do Ministério Público ou da PF. Tais conversas que levaram à prisão de ambos aconteceram no início do mês de julho, próximo ao dia do julgamento dos três primeiros acusados de serem os autores materiais do homicídio.
Outro print mostra quando o delegado pede para que o policial ligue para ele e envia uma figurinha com a mensagem: “Tamo junto”. Daniel Mayer teve sua prisão preventiva mantida em audiência de custódia. A investigação deve avançar agora sobre sigilos telefônicos e bancários.