Redação
Alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (25) por suspeita de corrupção e crime eleitoral, o vereador maceioense Siderlane Mendonça (PL) teria praticado ‘rachadinha’ com 11 servidores comissionados e assessores na Câmara Municipal.
Segundo investigação, Siderlane nomeava tais pessoas e, na eleição de 2020, recebeu pelo menos R$ 245 mil na conta de campanha através de doação desses comissionados, que tinham que devolver parte de seus salários para o vereador.
Esses repasses eram feitos por meio de transferências bancárias ou pelo pagamento de despesas pessoais do parlamentar, com a intenção de mascarar os desvios e inflar as receitas de campanha de Siderlane à época da eleição.
Além do edil, a Justiça Federal determinou o afastamento desses 11 servidores da Câmara Municipal. De acordo com apuração, os assessores investigados teriam confessado à polícia de que a prática de rachadinha também envolve outros vereadores.
Siderlane Mendonça tem 46 anos e está em seu terceiro mandato consecutivo como vereador de Maceió. Ele foi eleito em 2016 e reeleito em 2020 e 2024, agora pelo Partido Liberal (PL). Caso perca o mandato, Caio Bebeto é o primeiro suplente do PL na Câmara.
Siderlane, que estava em Brasília quando foi citado presencialmente, disse sofrer perseguição e que tudo será esclarecido. “Os fatos serão apurados, porque até então eu nem sei do que se trata, e em breve serão esclarecidos“, comentou.
“A população sabe do meu trabalho, da minha ética, da minha conduta e de tudo que eu faço em prol da cidade de Maceió. Continuarei lutando, não serão as perseguições que hoje eu estou vivendo que irão tirar o brilho das ações que nós desenvolvemos em prol do povo maceioense”, se defendeu.
Em nota, a Câmara de Maceió explicou que a operação da PF foi exclusivamente no gabinete do vereador. “É importante destacar que o objeto da apuração não tem relação com a atividade parlamentar nem com a rotina legislativa da Casa”.