Redação
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), tem sido alvo de sucessivas advertências por parte do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) por utilizar canais institucionais da prefeitura para se promover. Mesmo após recomendações formais emitidas em 2024, a prática persiste nas redes sociais do município.
As orientações do MPAL sugeriram que o gestor e a Secretaria Municipal de Comunicação deveriam se abster de empregar o nome, imagem ou qualquer referência pessoal ao prefeito em conteúdos institucionais. O uso promocional das redes da Prefeitura foi enquadrado como possível ato de improbidade administrativa, por violar os princípios da impessoalidade e da moralidade previstos na Constituição.
Apesar das recomendações, publicações com teor de publicidade pessoal continuam presentes nos perfis oficiais da Prefeitura. Em abril de 2025, o MPAL, em conjunto com a Defensoria Pública do Estado, entrou com pedido judicial para proibir a Prefeitura de Maceió de realizar gastos com publicidade, propaganda e festividades.
A solicitação veio após a constatação de falhas no transporte escolar da capital, problema que ainda está sem solução. A ação incluiu pedido de multa pessoal contra JHC, por descumprimento de decisões judiciais anteriores relacionadas ao tema.
Apesar disso, a comunicação da prefeitura de Maceió segue destacando e utilizando o nome do prefeito em ações rotineiras de gestão, como anúncios de obras, entrega de equipamentos e pagamento de salários, mesmo em canais oficiais, como perfis nas redes sociais e comunicados institucionais.