Redação
Caso seja condenado no processo que investiga a tentativa de golpe de estado em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve seguir o caminho que fez o também ex-presidente Fernando Collor e pedir prisão domiciliar por motivos de saúde.
Nos bastidores, a possibilidade foi levantada e defendida por aliados de Bolsonaro, citando que o cenário de Collor, de 75 anos e com Parkinson, abriu tal precedente. Bolsonaro tem 70 anos e já fez diversas cirurgias por conta de sequelas da facada que levou na região abdominal.
Isto é, Bolsonaro utilizaria dos mesmos argumentos de Collor para ficar em prisão domiciliar na sua residência de Brasília. No Supremo, a previsão é julgar o caso da trama golpista ainda em 2025 para evitar que o tema contamine a eleição de 2026.
O pedido de Collor foi atendido pelo ministro Alexandre de Moraes e contou com o parecer positivo da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além disso, existe o temor de que o local em que Bolsonaro possa ficar preso se torne ponto de vigília de seus eleitores, como aconteceu com Lula (PT).